quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O CURIOSO CASO DA PAIXÃO NOS TEMPOS DA FICADA



Nota do autor: Aqui só posso contar da minha própria (e única) experiência, depois de mais de sete anos de solidão, vale ressaltar. O último beijo que dei foi um selinho (aliás, quatro – estávamos muito doidos) numa amiga sapatão em Olinda só para poder contar aos netinhos que não vou ter que beijei mulher durante o carnaval na minha vida. :P

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Aconteceu. Fiquei. Ela me “sequestrou”, fomos até sua casa e, daí, do papo aos “finalmentes”. Nenhum dos dois estava apaixonado, éramos apenas dois amigos que há mais de vinte anos não nos víamos e então ela achou de me “pegar”. Simples assim, ao meu ver. As razões dela? Mal posso especular. Devo supor que as ficadas devam ser em geral assim, sem maiores razões aparentes que um interesse ou um papo mais interessante, sei lá eu. Fato é que poderia ter ficado ali, junto com o amanhecer, quando nos despedimos e fui para casa ainda incrédulo com o que o acaso e ela me proporcionaram e com a minha coragem de encarar minha insegurança sexual, falta de prática e toda a falta de libido proporcionada pelas medicações.

Saí feliz, com gostinho de quero mais, mas sem esperanças de nova ficada. Não estava apaixonado, não a amava desesperadamente. Tivemos um papo massa (muito massa, por sinal), ela teve uma paciência danada, “namorou” comigo até que me percebesse confiante o suficiente para as vias de fato e pronto; não esperava que pudesse haver uma próxima vez, visto que meu desempenho, se causou alguma impressão, foi a de que preciso adquirir condicionamento físico/aeróbico urgentemente se quiser fazer sexo direito.

Bem, mantivemos contato através do odioso What’s App, ela sempre muito lacônica, o que confirmava minha suspeita de que estava de novo entregue metafórica e literalmente às mãos do celibato. Ledo engano. Para meu espanto, um ou dois finais de semana depois, eis que perguntei um “o que estás fazendo?” e ela respondeu que estava em casa sem fazer nada e eu mandei um “posso passar aí?” com o que ela prontamente concordou. Espantado, com um frio na espinha e um calor no peito, dei meia-horinha com a galera que eu estava, mandei um genérico do Viagra pra dentro para garantir (já saí preparado: 2 “Viagra” e três camisinhas [da primeira vez, a camisinha – que ela tinha {afinal, nunca esperei do nada, numa noite com os amigos, transar com alguém na minha vida!} – saiu, o que acabou com a transa... :P]) e, enfim, me mandei pra lá. Mesmo processo da outra vez, talvez um pouquinho melhorado da minha parte: papo massa, namoradas, transa no sofá da sala e dada a minha hora, aliás, a hora dela (que nem chegou a completar 60 minutos, acho que nem 30): casa.

Estranhamente, eu penso nela todos os dias, mas não me sinto apaixonado. Não sinto saudade no sentido “sentido” da palavra. Não sei bem explicar. Acho que deva ser assim nos tempos da ficada. Começa-se pelo fim, como se a primeira fosse a última vez e caso as ficadas forem se repetindo, vai se aproximando do meio, até que o que era começo na minha época, a paixão, chega para um ou para o outro (espero que para ambos) e daí vai acontecendo a sequência normal novamente (na minha época, novamente) até o inevitável fim que pode ser por quaisquer razões, do desquerer de um à morte do outro. Quem sabe? Será que estou certo sobre como as coisas acontecem nos tempos de ficada? O que vocês acham? Estou meio num mato sem cachorro aqui. Perdido que nem cego em tiroteio. Desbravando mares nunca dantes navegados e qualquer outra metáfora que você quiser botar aqui.

Só estou certo de duas coisas: estou louco pela terceira vez e mais louco ainda para estar certo sobre a minha linha de raciocínio! E a possibilidade de uma terceira vez há. Torçam por mim! Que este fim, passe a ser um meio e, enfim o começo de uma nova história de amor dentre tantas outras que a cada dia brotam ou murcham no meio dos sete bilhões de corações que habitam o nosso lindo planetinha azul.


A origem deste post.


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Esta é uma postagem em que realmente espero receber comentários. Ou melhor, dicas, esclarecimentos, ajuda. Help!



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